Jazz e Vinho, em Harmonia

  Sax soprano e tenor by Óscar

A harmonia é uma das características marcantes no Jazz. Extremamente sofisticada, utiliza mudanças tonais e rítmicas, progressões, e uma série de recursos que exigem uma atenção maior por parte do ouvinte, e requer muito estudo por parte do músico. Se o solo é a grande estrela, a harmonia seria a constelação onde ela brilha (hummm metáfora…).

“Jazz exige respeito”

O jazz não foi feito para ser música de fundo numa conversa, quando utilizado dessa forma, ele é inconveniente.  As pessoas que vão a um clube de jazz vão para ouvir e degustar a música, e não para bater papo. É preciso ter cuidado na seleção, por isso saber escolher o estilo com a situação é importante.

Assim também é o vinho, ele harmoniza não só com alimentos mas com ocasiões. O jazz e o vinho acabam encontrando suas semelhanças em função de estilo, ocasião. Por exemplo, imagine estar numa mesa na situação acima ouvindo um jazz walts, e degustando uma taça de espumante, ou um vinho branco fresco, muito gostoso.

“O momento certo, é a melhor ocasião”

Outra ocasião,  você  pode estar na sua casa na caída da noite ouvindo um hard bop, ou um standard, e degustando um tinto mais encorpado na sua taça de degustação. Ou assistindo a um show com jantar, ouvindo uma crooner tipo Sarah Vaughan, com tinto e espumante para acompanhar. Não sou sommelier, mas é o que eu pediria. Com certeza existem outras harmonizações possíveis. Difícil mesmo é tocar jazz de chinelo de dedo no meio de um churrascão regado a cerveja. Melhor um violão ou cavaquinho (que também toco).

A verdade é que tanto o jazz quanto o vinho exigem respeito, momentos e formas certas para serem degustados. E quanto mais você conhece , mais aprecia.